Naming: Tipos de nomes e etapas para construção de marcas memoráveis
- diferecomunica
- 28 de abr.
- 4 min de leitura

Escolher o nome certo é uma das decisões mais estratégicas no universo do branding. Mais do que uma identificação, o nome de marca carrega essência, valores e visão. Ele é o primeiro ponto de contato entre a marca e o público, e pode ser decisivo para o sucesso ou esquecimento de uma empresa.
Neste artigo, exploramos os principais tipos de naming utilizados por grandes marcas e revelamos as etapas seguidas pelos principais estúdios de branding na criação de nomes eficazes, criativos e registráveis. Uma leitura essencial para quem deseja entender o processo profissional de construção de nomes que se tornam patrimônio de marca.
Quais são os principais tipos de naming?
No universo do branding, os nomes são classificados conforme a forma como representam a marca ou seu produto. Cada tipo tem características específicas e pode ser mais ou menos adequado conforme o posicionamento e estratégia.
1. Naming descritivo
Refere-se a nomes que descrevem de forma direta o que a empresa faz. É objetivo, facilita o entendimento imediato, mas pode carecer de originalidade.
Exemplos: Banco do Brasil, American Airlines, Burger King.
2. Naming patronímico
Baseado no nome de fundadores ou pessoas associadas à história da marca. Transmite legado, história e confiança.
Exemplos: Ford (Henry Ford), Disney (Walt Disney), Hering.
3. Naming toponímico
Utiliza nomes de lugares ou regiões, conferindo autenticidade ou origem geográfica.
Exemplos: Amazon (Rio Amazonas), Patagonia, Folha de S.Paulo.
4. Naming metafórico
Usa metáforas ou símbolos para evocar valores, sensações ou benefícios da marca, gerando conexão emocional.
Exemplos: Apple (simplicidade e criatividade), Nike (deusa da vitória), Jaguar (agilidade e força).
5. Naming arbitrário (palavras encontradas)
Palavras comuns, mas sem relação direta com o negócio, ganhando novo sentido pela marca.
Exemplos: Oracle, Amazon, Claro.
6. Naming inventado
Palavras criadas especialmente para a marca, sem significados prévios, altamente originais e registráveis.
Exemplos: Kodak, Google, Nubank.
7. Abreviações e acrônimos
Siglas ou junções de palavras que tornam nomes longos mais práticos e universais.
Exemplos: IBM, KFC, 3M.
Etapas profissionais na criação de um nome de marca
O desenvolvimento de um nome de marca envolve muito mais do que criatividade. Envolve método, análise estratégica e conhecimento legal. A seguir, descrevemos as etapas que seguimos na Difere Comunicação para garantirmos nomes alinhados, originais e protegidos.
1. Entender o posicionamento e contexto da marca
Toda criação de nome começa com uma compreensão profunda da marca: seus atributos, tom de voz, diferenciais para o público-alvo e posicionamento de marca. Conhecer a cultura interna e as ambições futuras é essencial para que o nome seja um reflexo autêntico da identidade da marca.
2. Analisar o mercado e concorrência
Estudar o cenário competitivo e os nomes já existentes é crucial para garantir diferenciação. Identificar padrões, saturações e oportunidades linguísticas permite mapear espaços únicos para atuação da nova marca.
3. Explorar campos semânticos e universos criativos
A partir das diretrizes estratégicas, definir territórios criativos e campos semânticos. Palavras relacionadas a valores da marca, metáforas, referências culturais ou técnicas podem servir de base para a geração de ideias.
4. Realizar sessões de brainstorming
Utilizar técnicas de brainstorming para gerar uma ampla gama de possibilidades. Nessa etapa, quantidade é mais importante que qualidade. Combinações, trocadilhos, neologismos, nomes em outros idiomas, entre outros, são considerados.
5. Refletir sobre sonoridade e memorabilidade
Avaliar quais nomes possuem fluidez fonética, são fáceis de pronunciar e memorizar. A sonoridade de um nome é decisiva para sua aceitação e propagação.
6. Filtrar com critérios estratégicos
A partir de uma lista preliminar, aplicar filtros rigorosos:
Alinhamento com o posicionamento da marca.
Distinção em relação aos concorrentes.
Flexibilidade para possíveis extensões futuras da marca.
Ausência de conotações negativas.
7. Verificar disponibilidade legal e digital
Uma etapa crítica: garantir que o nome está disponível para registro no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) e em domínios web e redes sociais. Nomes não registráveis ou já utilizados devem ser descartados ou ajustados.
8. Validar e registrar
Após a escolha final, seguir com o processo de registro legal, adquirindo também domínios e perfis nas principais plataformas digitais. Esta etapa garante proteção da marca e segurança jurídica.
Conclusão: naming como patrimônio da marca
O processo de naming vai muito além de criatividade. Envolve profundidade estratégica, análise mercadológica e rigor legal. Os grandes nomes de marca que hoje dominam o mercado foram fruto de processos bem estruturados, onde cada escolha foi embasada na identidade e ambição de longo prazo.
Ao compreender os tipos de naming e as etapas profissionais envolvidas na criação de nomes de marca, torna-se evidente que o nome não é um detalhe, mas sim um ativo intangível valioso. Ele é o ponto de partida para a construção de uma marca sólida, reconhecível e memorável.
Na Difere Comunicação, acreditamos que um nome deve ser tão robusto quanto a marca que representa. E que, quando bem feito, o naming é o primeiro passo para transformar negócios em marcas de referência. Confira alguns projetos que realizamos por aqui.
Comentários